Há tempos as canetas e os
papéis vinham suplicando por vida. De certa forma, as palavras permaneceram
desconfiadas, desfilando numa nostalgia que outrora se expressava absorta da
timidez de então. Ali - na penumbra - sentiu na pele o que a torturava por
dentro. Algo semelhante ao que os dicionários indicam como coragem a percorreu
como um ácido. Corroendo as cenas internalizadas de tempos não tão distantes,
destruiu o que sua fantasia teimava em dizer que pertencia ao presente. O
passado, embora relutasse em se responsabilizar por mais esse fardo, teve de
aceitar. Então, por alguns segundos, acreditara que o vazio resultante fosse
lhe consumir. Pouco a pouco, entretanto, o que a compôs foi uma leveza intensa.
Foi capaz de abrir os olhos e depositar sobre o olhar o mistério inerente ao
futuro. Desejou-o. Sentiu-se livre. Colocou – com o devido cuidado - suas
escolhas uma a uma sobre os braços. E o que a manteve feliz, a partir de então,
foi a constante oportunidade de abraçar o mundo todo!
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“Liberdade é o espaço
que a felicidade precisa”. (Fernando Sabino)
Escrito por Beatriz C. Zanatel, 8 de agosto de 2013.